Por uma parcela menor
Uma boa entrada reduz os juros, as prestações e o tempo para quitar o imóvel.
O primeiro passo da longa caminhada até a compra de uma casa própria é fazer o planejamento orçamentário. Saber o quanto se tem e o quanto se pode investir permite que o comprador dê uma entrada maior e, no fim das contas, economize no valor das parcelas.
A entrada é o grande trunfo de uma negociação e é o que dita o ritmo do financiamento. Quem puder investir 40% logo no início, por exemplo, terá parcelas mais baratas, juros menores e menos tempo com o compromisso mensal.
Em imóveis usados ou recém-entregues não há tanta flexibilidade e nem um prazo longo para quitar os cerca de 25% da entrada. Quando o imóvel está na planta, porém, o tempo de pagamento é calculado com base na duração da obra. Nessa fase, é preciso dar um sinal (quantia anterior à entrada) para reservar a unidade.
"Um ótimo negócio é dar um bom valor de início e usar o FGTS no começo do financiamento", aconselha o economista Miguel Oliveira.
O presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), João Crestana, atenta para a importância do contrato. "É fundamental ler o documento com atenção para saber tudo o que estará pagando, como taxas de serviços extras."
> PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE IMÓVEIS
Na Planta
. Os cerca de 25% devem ser pagos durante a fase de obras;
. Não são cobrados juros;
. O prazo para o pagamento é maior;
. Nessa etapa, não é possível utilizar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço);
Novos (recém-entregues)
. Os cerca de 25% do valor da entrada devem ser quitados com a construtora;
. Algumas empresas aceitam parcelar esse valor;
. É possível utilizar o FGTS;
Usados
. O pagamento dos 25% é feito diretamente para o proprietário;
. O valor pode ser parcelado ou pago à vista, dependendo da negociação;
. É possível utilizar o FGTS;
> DIREITOS DO COMPRADOR
. Após o primeiro pagamento pelo imóvel (sinal ou parcela de entrada), o comprador já pode registrar a unidade em seu nome;
. O comprador recebe garantias da empresa;
. É firmado um contrato de compra;
. Em caso de não conseguir honrar o compromisso, é preciso explicar os motivos à empresa e pedir uma renegociação;
> DICAS DE ESPECIALISTAS
a) Economize o máximo que puder e dê uma entrada de até 40% do valor do imóvel;
b) Uma entrada maior reduz os juros;
c) Uma dica é dar uma boa entrada e, no financiamento bancário, pagar parte com o FGTS;
d) Uma quantia inicial considerável garante parcelas mais baratas e um tempo menor com o compromisso;
e) Fique de olho em quanto o banco irá financiar após as chaves para saber da entrada mínima a ser paga;
f) Quanto mais cedo você se preparar para a compra do imóvel, menos esforço financeiro terá de fazer;
g) Leia cada detalhe do contrato para saber o que você está pagando (comissões, serviços extras, etc.);
h) Antes de qualquer coisa, é feita uma análise de crédito para saber a sua real condição;
i) Se você estiver com alguma restrição em seu nome, não tente esconder essa informação da empresa. Ela descobrirá;
j) O planejamento antes da compra deve ser feito com toda a família;
k) É possível compor renda com pessoas que não possuem carteira assinada;
l) Veja se a construtora aceita apartamentos usados e até carros para cobrir parte do valor do imóvel;
m) Tire todas as suas dúvidas com corretores de confiança e com advogados;
n) Antes de começar o negócio, verifique o histórico da empresa;
o) Converse com outros compradores para saber da idoneidade da construtora antes de dar o sinal;
fonte: Jornal "São Paulo Agora", Encarte "Casa Própria", 08 de maio de 2011
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