O sabor e o cheiro fortes fazem muita gente entortar o nariz e dizer “não” ao fígado de boi, mas a carne, rica em nutrientes, quando ingerida regularmente, faz bem para
a pele, para a visão e até para os sistemas imunológico e nervoso. “O fígado bovino, porém, também é rico em colesterol e em gordura saturada, que favorecem o aumento de gordura ruim no sangue”, alerta Michele Novaes Ravelli, nutricionista e mestranda em alimentos e nutrição da Universidde Estadual Paulista. “Apesar disso, é tão rico em substâncias benéficas que continua sendo considerado um alimento saudável”, ressalta Tatiana Ferreira, nutricionista da Sports Nutrition Center.
Driblar esse excesso de gordura presente no fígado é impossível, por isso, alertam as especialistas, é importante ficar atento ao modo de preparo da carne. “A melhor maneira é grelhá-la com menos gordura possível e evitar comê-la malpassada”, explica Tatiana. Mas nada de torrá-la também. O ideal é que o fígado fique ao ponto, para que não endureça demais nem perca muitos nutrientes. Michele dá ainda dicas de como amenizar o sabor forte da carne: use tempereos naturais, como alho, cebola, manjericão, limão e sal. “Outra dica é lavá-la em água corrente e deixá-la descansar na geladeira em uma tigela com leite, antes de temperá-la para o consumo”.
Na hora de comprar, também é preciso tomar alguns cuidados. Ficar de olho na validade e na aparência da carne, que deve ser adquirida fresca e não congelada, são dois pontos imprescindíveis. “O fígado bovino está bom quando a superfície é brilhante, firme ao tato, e a cor, regular, sem pontos brancos”, alerta Tatiana.
É recomendável comer o fígado ainda fresco, no máximo dois dias após a compra, segundo Michelle. “Ele deve ser armazenado na geladeira, no compartimento mais próximo ao congelador, procurando, assim, a menor temperatura. O congelamento deve ser evitado.” A nutricionista chama a atenção ainda para a frequência com que a carne deve ser consumida: uma vez por semana. “Seu consumo deve estar inserido dentro de um padrão alimentar saudável e equilibrado. Uma alimentação variada ajuda a oferecer quantidades ideais desses nutrientes (encontrados no fígado), variando, assim, o consumo da carne”, finaliza.
fonte: Jornal “AGORA” São Paulo, Encarte “Revista da Hora” 12/06/11
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