Parar de respirar durante o sono abre porta para AVC e INFARTO. 1 em cada 4 homens após os 40 anos tem a doença.
O silêncio do quarto é pontuado por um ronco ritmado e constante, que, de repente, é interrompido, como
se a pessoa estivesse sem conseguir respirar ou sufocando.
Alguém com essas características ao dormir provavelmente sofre de apneia obstrutiva do sono, problema respiratório que atinge 7% da população. Em homens após os 40 anos, porém, 24% do total têm a doença, que pode ter graves consequências.
“Nem toda pessoa que ronca tem apneia, mas quem tem apneia ronca. E todo ronco merece uma investigação”, explica Fernando Oto Balieiro, otorrinolaringologistado Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. O médico acrescenta que a apneia é um fator de risco para doenças cardiovasculares, como o infarto e os derrames.
E para saber se um mero ronco é sinal de apneia, a pessoa deve passar pela polissonografia, exame que monitora uma noite de sono.
Mas, e aqueles que moram sozinhos e não sabem se roncam, por exemplo? “A pessoa deve verificar se está acordando cansada, se tem sonolência diurna. Isso pode ser sinal de apneia”, diz Katia Coelho Ortega, da Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Descoberto o problema, o tratamento pode incluir perda de peso, no caso de obesos, e uso de aparelhos nasais durante o sono, entre outros.
“Através de uma máscara, a pessoa recebe ar sob pressão, que mantém a faringe aberta, evitando a parada respiratória”, explica Anna Karla Alves Smith, neurologista do Instituto do Sono.
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APNEIA DO SONO
> O QUE É
. Problema respiratório durante o sono;
. Caracterizada por breves paradas de respiração;
. As paradas duram ao menos 10 segundos e ocorrem mais que cinco vezes por hora;
> PRINCIPAIS SINAIS
. Ronco alto e constante;
. Engasgo e sufocação durante o sono;
. Muita sonolência durante o dia;
. Cansaço ao acordar;
. Dificuldade de memória;
. Problemas de concentração;
. Irritabilidade;
. Pressão alta;
. Obesidade;
Diante da maioria desses sinais, é melhor procurar um médico.
> CAUSAS
. Estreitamento da via aérea superior durante o sono;
. Pode ser devido ao relaxamento da musculatura ao redor da faringe;
. É mais comum em homens acima dos 40 anos;
. Isso ocorre pelo uso de álcool ou substâncias sedativas;
. Excesso de tecido, como adenóide, amígdalas ou língua volumosa;
. Obesidade, acúmulo de gordura ao redor da faringe;
. Alterações do esqueleto facial;
. Dormir de barriga para cima, pode facilitar o estreitamento da faringe;
> CONSEQUÊNCIAS
. Má qualidade do sono;
. Queda de qualidade de vida pela sonolência diurna excessiva;
. Mais risco de desenvolver problemas cardiovasculares, como pressão alta, derrames e infarto;
. Dor de cabeça ao acordar;
> TRATAMENTO
. Um exame (polissonografia) determina o grau de apneia;
. Nele, a pessoa tem uma noite de sono monitorada;
. Após o exame, é feita uma avaliação médica;
. Medicamentos não são eficazes para tratar a apneia;
. Pessoas acima do peso devem emagrecer;
. Dormir de lado pode ajudar;
. Evitar uso de álcool e substâncias sedativas;
. Uso de aparelhos com uma máscara nasal durante o sono (o ar sob pressão deixa a faringe aberta);
. Cirurgias específicas podem ser realizadas em alguns casos;
. Procure ter um horário regular de sono;
. Pratique atividades físicas;
. Evite refeições pesadas antes de dormir;
fonte: Jornal “AGORA” São Paulo, 08/08/11
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