Bancos cobram juros relativamente baixos pelo empréstimo, mas falta de garantia sobre quando o contribuinte irá receber o valor a que tem direito torna a operação arriscada.
O contribuinte deve pensar muito antes de aceitar a tentadora oferta dos bancos de antecipar parte ou toda a restituição do Imposto de Renda a que tem direito. As instituições costumam adiantar entre 60% e 100% do valor a receber do Fisco, com juros, em média, de 2% a 3,9% ao mês. Embora pareça bom negócio, os especialistas alertam: só vale a pena fazer esse "empréstimo" da restituição quando o contribuinte tem dívidas a pagar com juros bem acima de 4% ao mês.
Quem pretende obter esse crédito precisa considerar um fator essencial: entregar a declaração no prazo não garante que a restituição do IR chegue nos primeiros lotes, nem mesmo neste ano - vale lembrar que a Receita tem cinco anos (até o fim de 2014) para devolver o dinheiro ao contribuinte que tiver esse direito.
Não há uma regra predeterminada que indique quais declarações ficarão retidas na malha fina. Se, após entregar a declaração, o contribuinte suspeitar de que algum dado informado não está correto, o melhor a fazer é não antecipar a restituição. Se a devolução demorar, o custo final da antecipação poderá acabar ficando muito maior do que o previsto.
Para os contribuintes que não necessitam do dinheiro com tanta urgência, deixar a entrega para os últimos dias deste mês é até vantajoso. Nestes casos, a restituição sai no fim do ano. E, como a correção é pela taxa Selic, estará garantida uma rentabilidade superior à de algumas aplicações, como a poupança.
fonte: Jornal "Gazeta do Povo", 13/04/09
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