Levantamento feito pela Pro Teste mostra que as lâmpadas ornamentais não são seguras
Ao acender os piscas-piscas de sua árvore de Natal, acenda também um sinal de alerta para a segurança de sua casa. Segundo levantamento feito pela Pro Teste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor com dez modelos de lâmpadas decorativas, incluindo mangueiras de luz, todas, sem exceção, apresentaram riscos de choque, curto-circuito e superaquecimento. E a diferença de preço - que varia de R$ 2,50 a R$ 50 - pode significar mais ou menos lâmpadas ou possibilidades de diferentes composições de iluminação, mas não representa qualquer vantagem no quesito segurança.
A maioria dos produtos é importada da China. O que não quer dizer nada, pois os dos Estados Unidos também vêm de lá, mas têm um padrão a seguir - diz Carlos Eduardo Vieira, pesquisador de High-tech da Pro Teste, responsável pela pesquisa.
Entre os problemas apontados pelo teste está o fato de os plugues não terem luva de proteção, o que pode causar choques na hora da introdução na tomada. A questão se agrava, diz o técnico, pelo fato de essas lâmpadas serem usadas umas ligadas as outras. Isso aumenta os riscos, não só de choque, mas de superaquecimento e de curto-circuito. Aliás, não se deve conectar mais de três piscas-piscas.
Os modelos tradicionais apresentam ainda fragilidade na fixação das lâmpadas, o que pode levar ao rompimento em caso de um puxão, por exemplo. As mangueiras de luz não têm esse problema, mas aquecem excessivamente. Observamos no teste que a borracha chega a amolecer. Não é o caso de causar um incêndio, mas, em contato com a superfície de uma cortina fina, por exemplo, pode causar danos. E não é recomendado que fique acessível a crianças, pois pode provocar queimaduras.
A maioria dos modelos testados pela entidade, informa Vieira, não tem identificação de marca, muito menos de fabricante, o que significa que, em caso de problemas, o consumidor só poderá recorrer à loja. Isso se tiver a nota fiscal. Ainda segundo o teste, nenhum dos modelos é adequado a uso externo, caso em que as lâmpadas ficam submetidas à chuva. Nesse caso, o ideal é que o modelo tivesse um transformador, como na Europa, pois este reduz a possibilidade de curto-circuito, destaca Vieira.
A quem acha que o Natal não será o mesmo se as luzes não brilharem na árvore, Vieira recomenda:
> prefira as com fusível;
> não deixe as luzes ligadas por longos períodos;
> não as instale próximas a objetos inflamáveis ou em áreas externas;
fonte: Jornal "O Globo", 26/11/08.
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